quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

o fim de um ínicio


Foi numa aula de TCI que nos foi proposto esta ideia de criar um blog e escrever durante 21 dias. 
Para ser muito sincera eu logo ao início achei uma péssima noticia porque apesar de achar a ideia muito interessante eu nunca conseguiria escrever todos os dias e muito menos ter inspiração, ou seja, o meu blog e a minha escrita iria ser um fracasso.
Sempre gostei de escrever tal como ler é um facto mas nunca apreciei a minha escrita e nunca consegui escrever uma história até ao fim e por essa mesma razão escrever uma história durante 21 dias seguidos foi um desafio, um grande desafio diga-se de passagem.
Digo que foi um desafio por diversas razões, a primeira porque sou perfeccionista e nunca estou satisfeita com o resultado final, depois nem sempre consegui transcrever todos os meus pensamentos para a história porque nada parecia encaixar e depois se antes nunca consegui acabar uma história porque haveria de conseguir agora? Pois mas a verdade é que consegui e isso para mim já é muito bom e se estou a escrever este post então é porque não estou mesmo a sonhar e acabei mesmo isto.
E já que acabei só me resta dizer que apesar dos dias em que fiquei de cabelos em pé por causa de não saber o que escrever eu adorei poder fazer isto e ter conseguido superar o meu principal medo que era não conseguir acabar a história foi mesmo importante para mim.


E com muita pena minha, ou não, que me despeço deste blog que durante 21 dias foi o meu melhor e pior amigo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

XX- Hapiness?


Dizem que o tempo cura tudo e não podia estar mais de acordo. 
Pelo menos no caso de Emily o tempo conseguiu voltar a consertar o seu coração despedaçado.
Tinha passado cerca de dois anos e Emily estava agora uma mulher sem dúvida muito diferente, diria até que era outra Emily muito diferente daquela que conhecemos no primeiro capítulo.
Era agora uma mulher confiante e mais segura de si própria, ocupava um novo cargo na empresa, tinha uma nova casa e um novo carro mas continuava sozinha livre de preocupações e livre de problemas, ainda não tinha encontrado ninguém que a fizesse voltar a amar mas estava feliz sozinha, sentia-se realizada e até se tinha dedicado á fotografia e á escrita.
Criou um blog que foi um sucesso e os seus pais vieram viver para Paris para poderem estar mais perto dela.
Quanto a Harry, casou-se há 3 meses atrás e Emily voltou a dar-se bem com ele e não poderia estar mais feliz por tudo ter ficado resolvido.
 Kyle acabou por se divorciar de Elena e veio para Paris para reconquistar Emily mas por enquanto apenas são amigos embora falem e estejam todos os dias juntos.
Emily ainda não consegue confiar nele mas quem sabe um dia poderão ser felizes e até formem uma família.
Ao fim de 3 anos Emily conseguiu se livrar de todo aquele sentimento de culpa e de tristeza e agora olhava para a vida de uma forma muito diferente, começou a aceitar o passado e aprendeu com todos os seus erros.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

XIX- Alone


Tinha passado uma semana e Emily tinha rejeitado todas as mensagens e chamadas de Harry, tinha evitado a todo o custo pensar no que se tinha passado mas estava farta de não enfrentar os seus problemas e tinha de se tornar mulherzinha e os resolver.
Vestiu-se e saiu de casa, foi até casa de Harry. Ela sabia que lhe devia uma justificação, sabia que precisavam de esclarecer as coisas e assim o fez. Tocou á campainha e foi então que viu Harry. Olharam um para o outro e mantiveram-se calados durante algum tempo até que ele a convidou a entrar.
Finalmente Emily ganhou coragem e disse tudo o que tinha guardado para si durante anos, disse que não poderia ter nada com ele por estar magoada e ainda não estar pronta para voltar a gostar de alguém, disse que tinham de se afastar para ninguém se magoar e assim foi.
Depois da conversa que tiveram os dois deixaram de manter contacto, nunca mais falaram e nunca mais se encontraram e ambos sabiam que assim nenhum dos dois se magoaria, sabiam que tinha de ser assim e que tinham de ser felizes um sem o outro.
Emily sabia que estava a fazer o certo, sabia que assim seria mais feliz tal como Harry, sabia que precisava de um momento para si, precisava de recuperar e de se recompor sem se aproveitar dos homens que lhe davam atenção e que preenchiam o espaço de Kyle.
Estava agora consciente de tudo o que tinha feito e da péssima pessoa que foi ao seu aproveitar inconscientemente de homens que lhe davam atenção para conseguir esquecer Kyle. Ela já não queria ser essa pessoa, queria ser feliz sozinha, queria pensar só em si e no que queria para a sua vida, queria se dedicar a ela mesma e á sua felicidade.


domingo, 22 de dezembro de 2013

XVIII- More than friends?


Estava um dia chuvoso e Emily tinha ido sair com os seus colegas de trabalho, tinham jantado e em seguida tinham ido até um pequeno bar perto do centro de Paris. Emily não bebia, nunca fui de beber bebidas alcoólicas mas achou que era uma altura especial e que não teria mal nenhum se bebesse apenas dois ou três copos com os amigos mas a verdade é que não estava habituada e quando deu por si já não sabia sequer onde estava ou como podia ir para casa. Estava sentada na beira da estrada toda ensopada, os seus lábios estavam com uma cor arroxeada do frio e foi então que passou uma senhora e a ajudou, tirou o telemóvel da mala de Emily e ligou para o primeiro contacto que lhe apareceu. Já era tarde mas mesmo assim Harry predispôs-se imediatamente a ir buscar Emily e a leva-la para casa.
Passado 30 minutos lá estava Harry, pegou em Emily e levou-a até o carro e deu-lhe um café forte e quente e enquanto conduzia Emily acabou por adormecer .
A casa de Emily ainda ficava um pouco longe e quando finalmente tinham chegado Harry deixou-a ficar a dormir no seu carro.
- Bom dia Emily. – Disse Harry encarando-a enquanto esta ainda abria os olhos calmamente.
-Bom dia, porque não me acordaste Harry?  Não tinhas necessidade de ficar todo este tempo á espera que eu acordasse.- Disse ela preocupada .
- Não te preocupes com isso, estava a ver-te dormir e não fui capaz de te acordar.
-Oh não era preciso a sério, mas obrigada por me teres ido buscar, fico mesmo agradecida e desculpa.- Disse ela envergonhada com o comportamento irresponsável e infantil que tinha tido na noite anterior.
- Não te preocupes com isso, sei que farias exatamente o mesmo por mim.
- Bem acho melhor ir, até amanha e mais uma vez desculpa.- Despediu-se ela abrindo de seguida a porta do carro.
- Emily? Espera, entra no carro por favor.- Pediu-lhe ele.
Ela olhou para ele com uma expressão de admiração e em seguida de preocupação mas acabou por consentir e foi então que ele se chegou ao pé dela e a beijou .
-O que estás a fazer Harry? Estás louco? Somos melhores amigos há anos.- disse ela com um olhar preocupado.
- Eu não sei, nós temos uma ligação desde o início… eu sinto-me incrivelmente bem com a tua presença e quando estou contigo só me apetece te beijar. És uma mulher incrível, cheia de força, és especial e embora tenhas cometido imensos erros desde que vieste para Paris eu não consigo olhar para ti apenas como uma melhor amiga.
- Cala-te por favor Harry, não digas mais nada.

Apressou-se a sair do carro e correu até á porta de sua casa a chorar. Não percebia o porquê de tudo lhe acontecer, estava destroçada e chateada consigo própria por não ter dado uma explicação a Harry e ter saído do carro daquela forma. 
Não percebia o que se passava com ela e com a sua vida.

sábado, 21 de dezembro de 2013

XVII - Come back



Estava Emily a maquilhar-se para em seguida ir para o trabalho mas hoje sentia-se diferente, não estava com o seu mau humor matinal habitual, estava bem-disposta, entusiasmada e pela primeira vez em muitos anos não tinha vontade para ficar o dia todo na sua cama. Nitidamente algo estava diferente e a verdade é que hoje não era um dia como os outros para Emily.
Como sempre fazia, saiu de casa com um copo de café ainda na mão e a correr pelas estradas de Paris para conseguir chegar a tempo do comboio mas enquanto estrava no comboio tinha recebido uma mensagem de um número que não conhecia a dizer que a queria ver e que estava em Paris.
Ela pensava, pensava e pensava e não fazia a mínima ideia de quem poderia ser mas estava curiosa e queria saber quem era e por isso ganhou coragem e ligou após sair do trabalho e foi então que Emily ouviu a voz irreconhecível de Harry, a voz continuava igual e Emily mal podia esperar para estar com Harry e ver como ele estava.
Combinaram se encontrar no dia seguinte num café no centro de Paris e assim foi, falaram imenso e Emily agora sabia que tinha uma oportunidade de recuperar a amizade e agora que Harry estava a viver em Paris tudo seria mais fácil para ambos.

Durante uma semana estiveram todos os dias juntos e a empatia e a ligação entre os dois era evidente e ambos recordavam momentos que tinham os dois passados.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

XVI- Friendship



Harry, é assim que se chama o melhor amigo de Emily. 
É um homem alto, bem apresentado e de cabelos pretos encaracolados e com olhos castanhos escuros e que adora a natureza.
Há três anos atras, Emily e Henry conheceram-se numa festa da universidade em Los Angeles , nessa altura Emily ainda estava no 12ºano e Harry já estava no seu segundo ano da universidade mas apesar das diferenças de idade criaram desde logo uma grande empatia.
Começaram a estar juntos várias vezes e a falar todos os dias e ambos sabiam que aquela amizade seria mesmo para valer, daquelas amizades que são para a vida. Tinham uma ligação indiscutível, tinham vários gostos em comum e davam-se mesmo bem.
Ao longo do tempo foram-se conhecendo e descobriram que partilhavam o mesmo gosto pela natureza, pela música, pela fotografia e sempre que estavam juntos era só palhaçadas e risos e apesar de discutirem várias vezes nunca conseguiam estar chateados durante muito tempo.
 Emily sabia que podia sempre contar com Harry, sabia que podia ser sempre ela própria e sentia-se sempre segura com ele mas o inevitável aconteceu quando ela veio para Paris.
 Acabaram por se afastar e apesar de Emily sentir imensa falta de Harry, ambos tinham seguido caminhos e vidas diferentes.

Mas em tempos alguém me disse que quando as coisas eram verdadeiras acabavam sempre por voltar para nós, mas será mesmo verdade?

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

XV- Magic time


O Natal tinha definitivamente chegado a Paris, a casa de Emily estava devidamente decorada e cheia de cor e luz.
A lareira estava acesa, a sala estava cheia de enfeites de natal e a árvore de natal era enorme e branca com bolas vermelhas e cheia de luzes coloridas que brilhavam enquanto Emily estava sentada no sofá a ler á espera que os seus pais chegassem de Los Angeles.
Tinha imensas saudades dos seus pais e até mesmo das mil e uma perguntas que eles lhe faziam ela sentia falta, o espirito natalício tinha finalmente aquecido o coração de Emily.
Era já de noite e as ruas estavam frias e quase desertas quando os seus pais tocaram á sua campainha, saltou do sofá entusiasmado e abriu-lhes a porta, estava de veras emocionada e a melhor das surpresas era que os pais de Emily não tinham vindo sozinhos, a sua irmã também tinha vindo.
Emily mal podia esperar para se deliciar com os doces que a sua mãe fazia sempre e com o cheirinho a chocolate e a doces com que ela acordava sempre na manha seguinte, mal podia esperar para que chegasse a meia-noite e pudesse abrir os tão esperados presentes com a sua irmã, todo o natal, toda aquela magia a fazia regressar aos tempos de criança e não há nada melhor do que nos sentirmos crianças novamente.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

XIV- Best christmas ever


Estava sentada num café com Ashley a tomar um pequeno café com chocolate que ela tanto gostava quando ouve o seu telemóvel tocar, era uma mensagem dos seus pais. Ficou logo preocupada a pensar no que seria, não era muito normal lhe mandarem mensagens e muito menos a uma hora daquelas e logo se apressou a ver do que se tratava.  
Suspirou de alivio e olhou mais que uma vez para o telemóvel, não poderia ser, era só a melhor noticia que ela podia ter recebido.
- Ashley? Ashley? Não vais acreditar no que me acabou de acontecer- Dizia Emily quase aos berros e despertando as atenções das pessoas que estavam no café.
- Diz de uma vez Emily, estás a deixar-me preocupada.- Disse Ashley preocupada.
- Os meus pais veem cá passar o Natal.- Disse ela com um sorriso de orelha a orelha.
- Fico mesmo feliz, como vês já não vais ter de ir para Los Angeles.
- Tens razão, ainda nem acredito.
- Um dia vais ter de me explicar esse teu receio de voltar a Los Angeles, não entendo o porquê de tanto medo. – Disse Ashley tentando resgatar alguma informação da boca de Emily.
- Talvez um dia percebas, talvez um dia Ashley.

Nem o assunto Los Angeles a conseguia desanimar hoje, estava feliz como já há muito tempo não se sentia, só lhe apetecia subir á Torre Eiffel e gritar de alegria ou então entrar numa discoteca qualquer e dançar, dançar até sentir os pés dormentes e a doer.

Estava eufórica e mal podia esperar para que os seus pais chegassem.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

XIII- The christmas time



O Natal era sem dúvida a altura preferida de Emily. É uma época em que tudo fica mais bonito, com mais cor e com mais luz, as pessoas andam mais bem-dispostas e mais generosas.
Sempre gostou de ver o entusiasmo das crianças sentadas ao colo do pai natal, as ruas todas decoradas e de ver as pessoas a correr de um lado para o outro á procura da prenda ideal para as pessoas que mais gostam.
E embora Emily saiba que existem muitas pessoas que não gostem do Natal por causa do significado da família e das más recordações que esta época traz, ela sempre que pensava em Natal, pensava em coisas boas, pensava na altura em que era criança, do cheiro dos doces, do chocolate e da família que apesar das divergências se juntava toda nessa altura, do quentinho da lareira e de fazer pequenos teatros bem antes de soarem as doze badaladas e de se abrirem as prendas.
Por ela todos os dias seriam Natal.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

XII- Her mind


Emily encontrava-se sentada em frente ao computador a pensar por onde haveria de começar. O seu blog estava aberto tal como o word, a música toca e Emily escuta com atenção mas nunca sabe como começar, não sabe o que escrever e fecha os olhos, fecha até que surja algum tipo de ideia para escrever ou alguma fonte de inspiração. Por vezes surge e quando surge vive ao pormenor cada sentimento, cada personagem e cada história mas quando não surge sente-se frustrada e chora de nervos até que algo a incentive a escrever. Não escreve bem nem escreve mal, simplesmente escreve. Escreve para esquecer, para se libertar, para desabafar, escreve porque gosta e se sente bem ao faze-lo.
Começa a escrever e as palavras começam a interligaram-se e a ganhar sentido e no fim temos uma historia em que a sua vida e sentimentos estão expostos a toda a gente. Não se importa que a julguem, não se importa que conheçam o que fez de mal ou não, não se importa que digam mal dela e do que fez, o passado não pode ser apagado por isso vive com ele e a felicidade?! Ai essa depende só de nós e não dos outros ou do que eles pensam de nós.


domingo, 15 de dezembro de 2013

XI- The end


- Hoje estive a falar com o Kyle.- Disse George enquanto estava ao telefone com Emily
- O quê? Sobre o quê? O que disse ele?- Perguntava Emily curiosa.
- Sobre nós. Contei-lhe acerca de nós.
- O quê? – Perguntou ela exaltada.
- Sim isso mesmo que ouviste e ele não aceitou, disse que eu era um traidor.- disse George desiludido .
- Não aceitou? Como assim? Ele não tem de aceitar ou deixar de aceitar.
- Emily ele gosta de ti e tu gostas dele. Ele está com Elena eu sei mas ele ainda gosta de ti e não suporta que tu estejas comigo.
- George ele está com Elena e não comigo, tudo o que eu tive com ele faz parte do passado.
- Eu perdi um amigo e só quero que isto valha a pena.
- Eu sei George e lamento imenso por te estar a fazer passar por isto.- Disse ela com uma baixa e calma.

Ela estava mesmo a tentar dar uma oportunidade a George e a si mesma para voltar a ser feliz mas as discussões entre ela e ele eram cada vez mais, as inseguranças faziam parte do dia-a-dia e já não conseguiam se sentir bem um com o outro depois da conversa que George teve com Kyle.
Discutiam por coisas insignificantes, apontavam defeitos um ao outro sem se tentarem corrigir, ficavam dias sem se falarem e foi assim durante 2 meses até que Emily achou melhor meter fim definitivamente á relação e dar uma oportunidade a George para que ele fosse feliz com alguém melhor e conseguisse retomar a amizade com Kyle.


sábado, 14 de dezembro de 2013

X- Perfect illusion


Tinha passado um mês e Emily e George estavam juntos, não eram namorados mas também não eram apenas amigos.
Falavam todos os dias, estavam juntos sempre que podiam e aparentemente Emily estava bem, estava distraída e sentia-se segura mas algo faltava, faltava amor. Ela não amava George e não podia continuar a dar falsas esperanças a George e por isso mesmo decidiu que tinha de por fim a toda esta ilusão.

Ligou-lhe e foi então que disse:
- George és sem duvida uma pessoa espetacular, sinto-me muito bem contigo e fizeste com que me esquecesse por momentos do pesadelo que tenho vivido mas eu não te amo, eu ainda amo o Kyle e não é justo te estar a fazer passar por tudo isto, não é justo estares a perder tempo com uma pessoa como eu. Eu acho que o melhor para os dois é sermos apenas amigos.
- Emily eu sei que ainda amas o meu melhor amigo desde o primeiro momento que estive contigo e mo disseste mas eu disse-te que não me importava, eu disse que ia lutar por ti e vou lutar. - Disse ele num tom agitado.
- George não vai resultar, não posso nem quero te magoar ou até te fazer esperar por uma coisa que talvez nunca aconteça. - Disse ela a chorar.
- Emily por favor confia em mim e dá-me uma oportunidade.

Ela desligou, não tinha respostas para dar, precisava de estar sozinha, precisava de pensar, precisava de dormir e se afastar de todos aqueles perturbadores sentimentos e pensamentos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

IX- Chance



- Boa noite George.
- Olá Emily, estás muito bonita. – Dizia ele sem tirar os olhos de Emily.
- Estou com fome, o que achas de irmos jantar?- Dizia Emily incrivelmente envergonhada.
- Acho uma ótima ideia, também confesso que estou com um pouco de fome.

Sempre ouvi dizer que Paris era a cidade do romance, do amor, da paixão e de novos começos e acho que não poderia estar mais de acordo.
Aquele encontro tinha sem dúvida superado todas as expectativas de Emily. Tinham ficado horas e horas a falar sobre as viagens, sonhos de cada um e já fazia quase dois anos que Emily não partilhava nada sobre si com alguém, durante dois anos nunca se sentiu á vontade para falar de si a ninguém nem mesmo a Ashley, a pessoa com quem se dá melhor em Paris.

Emily estava rendida á forma como George a fazia sentir e apesar de não querer magoar ou dar falsas esperanças ele fazia com que ela se sentisse bem, segura e confiante e  talvez fosse a oportunidade que o destino tivesse dado para Emily seguir em frente de uma vez por todas.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

VIII- Broken heart



Não era de todo o melhor dia de Emily, hoje sentia-se sem rumo, sentia-se perdida e vazia.
Os seus medos dominavam os seus pensamentos e as suas ações, pegou no telemóvel milhares e milhares de vezes para desmarcar o encontro com George mas sempre que tentava acabava por desligar. Ela não compreendia o porque de não conseguir desmarcar uma coisa na qual não se sentia á vontade para ir mas a verdade é que Emily era assim mesmo, uma verdadeira contradição.
Desde que se envolveu com Kyle muita coisa mudou, tornou-se uma pessoa mais fria, mais receosa e desconfiada e confiar ou entregar-se a alguém era algo que já não acontecia há muito tempo, pensava de mais e via dificuldades em tudo, estava de facto uma pessoa muito mais calculista e ela sabia que tinha de mudar, sabia que só seria feliz se vivesse o presente sem pensar no passado mas nem sempre é fácil, nem sempre é fácil arriscar e correr o risco de voltar a magoar-se.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

VII - Fear




Estava um dia cinzento e chuvoso e eram 18horas quando Emily chegou a casa depois de um dia de trabalho. 
Tirou o seu telemóvel da mala e foi então que viu que tinha uma chamada, era de um número que desconhecia por isso decidiu ligar para saber do que se tratava.
Foi então que ouviu uma voz que lhe parecia bastante familiar.

- Olá Emily, é o George. Já te tentei ligar mas não atendeste.
-Ah, olá George. Eu estava a trabalhar e só agora é que consegui ter tempo para poder ver o meu telemóvel, desculpa. - Dizia Emily nitidamente nervosa.
- Não faz mal, não te preocupes.
- Afinal porque ligaste? Está tudo bem? - Dizia ela fazendo-se despercebida.
-Era para te convidares para vires jantar comigo num sítio á tua escolha e assim até era uma boa oportunidade para me mostrares Paris como já tínhamos combinado.
- Bem então que tal amanhã no 58 Torre Eiffel?
- Parece-me muito bem, fica combinado. Até amanhã Emily. – Despedia-se ele.

Mal desligou o telemóvel Emily deixou-se cair a chorar, ela sabia que ainda não estava preparada para voltar a sair com um homem, ela estava com medo e sabia que aquilo não iria acabar bem, ela sabia bem disso.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

VI- Destiny



-És tu Emily? 
- George? O que fazes aqui em Paris? - Perguntava ela curiosa.
- Recebi uma proposta de trabalho aqui em Paris e não tinha como recusar a oportunidade.- Dizia ele ainda meio que admirado por a ter encontrado.
- Não fazia ideia mas tenho a certeza que vais adorar Paris, é sem dúvida uma cidade linda e cheia de oportunidades. - Dizia Emily ainda incrédula por ter encontrado George.
-Tu é que podias me ajudar a conhecer a cidade já que cá estás há cerca de um ano.- Disse ele enquanto passava as mãos pelos seus cabelos pretos.
- Acho que pode ser uma boa ideia. - Disse Emily um pouco hesitante 
- Fica combinado então Emily.
-Bem vou ter de sair nesta paragem mas espero que o teu primeiro dia de trabalho corra bem.- Disse Emily
- Obrigada Emily, gosto muito de te ver.

Enquanto corria para chegar atempadamente ao trabalho só conseguia pensar no que tinha acabado de lhe acontecer.

- Que raio de coincidência encontrar aqui George, tenho mesmo um azar.- Pensava ela indignada com o que lhe tinha acabado de acontecer.

Nunca na vida pensou em encontrar o melhor amigo de Kyle no comboio, sentia-se agora nervosa por ter de mostrar Paris mas agora era tarde de mais para recusar o convite de George e também não havia razões para se preocupar ou pelo menos ela esperava que assim fosse.

Mas será que o aconteceu foi mesmo uma mera coincidência ou será mais uma partida do destino? 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

V- New beginning ?


Fez as suas malas e voltou a Paris sem pensar duas vezes, pelo menos em Paris não tinha como correr riscos e voltar a magoar alguém, pensava ela.
Decidiu que tinha de mudar, de começar a sair e a conhecer pessoas novas, precisava de se distrair.
Pensou logo em compras, afinal era do conhecimento geral que as mulheres curam os seus desgostos fazendo compras. Pegou na sua mala e partiu logo em busca do sentido de liberdade e de satisfação que as compras lhe davam e a verdade é que ao fim de um dia de compras e com as dores que tinha nos seus pés de andar de loja em loja, não conseguiu pensar em mais nada para além de dormir.
Mas o problema é que este poder que as compras exercem sobre a maioria das mulheres tem uma duração bastante diminuta e quando acaba tudo volta ao estado normal e Emily não era exceção.
Quando acordou eram apenas 8 horas da manhã e logo se sentiu sem vontade para levantar, apenas queria ficar na sua cama deitada a ouvir a sua música preferida vezes e vezes sem conta e ler um dos infinitos romances que tinha na sua cômoda.
Mas nem tudo é como nos livros e nos filmes e Emily tinha de ir trabalhar, tinha agora de vestir a personagem de advogada confiante e feliz e esquecer o seu verdadeiro eu, tinha de esquecer a Emily insegura e dependente de um homem que nunca a poderia fazer feliz.
Vestiu a primeira roupa que lhe apareceu á frente, pegou na sua mala e correu para a estação de comboios com fé de conseguir chegar atempadamente ao trabalho.
Já passava um pouco das 9horas e o comboio finalmente chegou, Emily sentou-se no primeiro lugar que encontrou e ligou o seu mp4 como fazia todos os dias mas algo estava prestes a acontecer e ela não fazia sequer a mínima ideia.

domingo, 8 de dezembro de 2013

IV- The last goodbye


- Como estás Em?  - Sussurrou um rapaz ao ouvido de Emily.
- Kyle? - Dizia ela com o seu coração a bater cada vez mais rápido.
-Sim Em, fico muito feliz por teres vindo. - diz ele com uma voz suave.
- Os meus sentimentos Kyle, a tua avó era uma pessoa incrivelmente bondosa.
- Obrigada Emily, aposto que ela neste momento se sente bastante agradecida por estares aqui presente.
- Creio que sim. Acho melhor ires para a beira da tua família, eles precisam de ti.- dizia Emilly
- sim, espero voltar a ver-te antes de voltares para Paris.

Aquela vontade de o beijar, aquela vontade de o abraçar estava a dar cabo dela, ela sabia que era errado, ela sabia que não o podia fazer mas às vezes o amor leva-nos a fazer coisas que nem sempre estão certas.
Mandou-lhe mensagem para que ele se encontrasse com ela e eram já 18h e estava ela sentada no baloiço do jardim onde eles costumavam sempre ir.
Ele chegou e sentou-se no baloiço ao lado de Emily e nenhum dos dois falou, apenas olhavam um para o outro.
Foi então que Kyle se levantou e beijou Emily.

- Sinto a tua falta, não gosto da Elena … gosto de ti, sempre gostei de ti Emily. 
- Também sinto a tua falta e o que mais queria era que tudo isto fosse fácil mas tu não podes deixar a Elena.
- Eu sei que ela precisa de mim mas como posso simplesmente ignorar o que sinto por ti?
-  A Elena gosta tanto de ti e eu nunca me iria perdoar se a deixasses por minha causa.
Emily abraçou-se a ele a chorar pois sabia que aquela seria a sua ultima oportunidade, sabia que ambos teriam de seguir com as suas vidas.


sábado, 7 de dezembro de 2013

III- The return

Emily estava nervosa e ansiosa, sentia-se completamente incapacitada, 11 horas num avião e sem conseguir dormir , ler ou até comer.
Como era possível passado um ano este homem ainda ter tanto poder sobre ela? Seria ainda amor? Seria apenas coisas da sua cabeça? Ela não sabia a resposta ou pelo menos fazia que não sabia.
Eram quase 14 horas quando chegou a los Angeles e os grandes arranha-céus, as fascinantes paisagens e o clima deixaram-lhe um certo sabor a nostalgia. E como era de esperar os seus pais mal tiveram a oportunidade fizeram questão de a tentar persuadir a mudar-se novamente para los Angeles e a construir a sua própria empresa de advogados mas como é obvio foi em vão. Emily sabia que não pertencia mais lá, sabia que ali nunca poderia viver sem a assombração do seu passado.
Depois de um belo jantar com toda a família, depois das novidades terem sido todas contadas e das saudades terem sido todas abafadas já se fazia tarde e Emily sentia-se cansada e decidiu ir dormir.
Acordou no dia seguinte um pouco mais ansiosa do que o normal mas nada a podia fazer mudar de ideias, ela tinha mesmo de ir ao funeral e assim foi.
Estavam mais de 50 pessoas mas logo de imediato uma pessoa sobressaiu-se naquela multidão, era Kyle. Os seus olhares conectaram-se e numa fracção de segundos Kyle acenou-lhe e Emily apesar de embaraçada retribuiu.

Emily estava rendida aos cabelos castanhos, aos olhos verdes penetrantes e á simpatia de Kyle, ele continuava a ser tal e qual o rapaz que emily conheceu.
E os sentimentos? Ai esses estavam completamente á flor da pele e só restava saber qual seria o desfecho daquele reencontro

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

II- Back to the past


Depois da mãe de Emily ter regressado a Los Angeles, Emily não conseguia esconder aquela curiosidade de saber como Kyle estaria depois do que aconteceu. Talvez estivesse mais magro, mais gordo, mais alto ou talvez até estivesse feliz, ela não sabia e talvez tivesse medo de saber. Emily está sentada no sofá e os pensamentos, as duvidas, as memórias tendem a voltar.

- Emily?- Diz Kyle com uma voz baixa e reticente
-Sei que isto tudo parece errado, sei que não podia acontecer mas a verdade é que aconteceu e não quero mais ignorar isto.- Continua ele e com uma voz ainda mais baixa.
- Kyle, eu não posso fazer isto, ela é a minha melhor amiga. – dizia ela entre soluços.

Emily não conseguia deixar de relembrar a ultima conversa que teve com Kyle, não conseguia deixar de pensar no que fez, no quão tinha sido egoísta ao se envolver com o marido da melhor amiga. Não conseguia entender como foi capaz de trocar uma a amizade de 17 anos por apenas um homem.
O despertador toca, são 8 horas da manhã e Emily apressa-se a arranjar-se para o trabalho.
Veste o seu melhor fato, toma o pequeno-almoço e pega na sua mala preta como é habitual fazer todas as manhãs e lá vai ela direta ao tribunal e pronta para ganhar mais um caso em tribunal.
 Nisso Emily era realmente boa, era confiante e dedicada talvez para compensar o verdadeiro pesadelo que era a sua vida sentimental.
Durante uma semana a rotina fazia-se sentir e aparentemente Emily parecia bem e recomposta até que recebe uma chamada da sua irmã a avisá-la que a avó de Kyle tinha falecido. Emily não poderia acreditar que aquilo lhe estava a acontecer, por um lado não o queria encontrar mas por outro adorava a avó dele e sempre foi tão amável com ela.
Não conseguiu dormir toda a noite mas o seu dever era ir ao funeral e assim o fez.

Estava no avião e só conseguia pensar em como seria aquele reencontro, como ela ia reagir e como ele a ia tratar.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

I- Run Away


Fazia hoje 1 ano desde que Emily decidiu largar tudo e recomeçar tudo de novo. Depois de um longo dia de trabalho Emily foi até á janela do seu pequeno apartamento e enquanto contemplava a vista de Paris pensava também na sua cidade natal. Los Angeles já não tinha qualquer tipo de significado para Emily e só lembrava do que ela mais queria fugir e no quão tinha sido cobarde em escolher deixar tudo para trás ao invés de enfrentar o seu maior problema.
 A campainha tocou, era a sua mãe que tinha acabado de chegar de Paris para a visitar.  Estiveram á conversa durante horas sobre o novo trabalho de Emily numa empresa de advogados e de todos os casos que Emily tinha ganho em tribunal desde que se mudou para Paris e foi quando a mãe lhe perguntou sobre a existência de um namorado, que a postura de Emily mudou por completo. Paralisou e ficou sem resposta e manteve-se assim durante algum tempo até que com um sorriso forçado disse á sua mãe que não tinha tempo para relacionamentos e sem dar tempo para que a sua mãe se pudesse pronunciar apressou-se a dizer que tinha sido um dia longo e que precisava de ir dormir e que amanhã poderiam então acabar de meter a conversa em dia.
E assim foi, Emily finalmente acomodou-se na sua cama e suspirou de alivio por finalmente estar livre das perguntas curiosas da sua mãe e que a faziam recordar o passado que tanto se tinha esforçado em esquecer.