sábado, 31 de janeiro de 2015


Fecho os olhos, procuro o silêncio e deito-me nesta cama fria. 
Sinto alguém ao longe.
Ouço uma respiração acelerada, um coração palpitante e centenas de lágrimas a cair no chão frio.
Percorro aqueles caminhos escuros e sombrios do meu coração e do meu corpo á procura de alguém. 
Encontrei-te, sim eu encontrei-te. 
Estás descalça e sem roupa sentada no chão gelado. 
Pergunto-te quem és mas não me respondes.
Olhas para mim, solta-se uma lágrima e voltas a olhar para o chão.
Volto a olhar para ti e sinto que te conheço, diria até que és parecida comigo. 
Estás pálida e os teus olhos estão entreabertos, sinto-te cansada, sem forças e sem esperança. 
Pergunto-te o que se passou contigo e tu olhas-me nos olhos e a soluçar dizes: 
- Deixei de acreditar em mim.
- Tentei fugir acredita mas fiquei sem forças e agora estou presa aqui. 
Engoles em seco, voltas a olhar-me nos olhos e dizes: 
- Só tu me podes tirar daqui, sabias?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


No limite, estou no limite. 
Sinto-me cansada. 
Cansada de mim, cansada do que não consigo fazer ou ser.
Preciso de sair, de chorar, de gritar.
Mas não posso, não posso chorar, não posso sair, não posso gritar. 
Não posso.
Tenho de ser forte, é o que dizem .